
Consuelo Velázquez compôs “Bésame Mucho” sem nunca ter sido beijada
Uma das canções românticas mais famosas do mundo nasceu do coração de uma jovem mexicana que jamais havia vivido um romance.
A compositora mexicana Consuelo Velázquez escreveu, aos 16 anos, a canção “Bésame Mucho”, considerada o bolero mais interpretado da história da música. O que torna a obra ainda mais surpreendente é o fato de que, à época da composição, Consuelo nunca havia sido beijada.
Nascida em 21 de agosto de 1916, na cidade de Ciudad Guzmán, no estado de Jalisco, México, Consuelo Luz Velázquez foi criada em um ambiente conservador. Após a morte do pai, ainda pequena, foi enviada pela mãe para estudar em um convento. Lá, conheceu a música por meio do piano, instrumento ao qual se dedicaria durante toda a vida.
Aos 16 anos, inspirada por devaneios e romances imaginados, ela compôs “Bésame Mucho”, cuja letra fala de um beijo intenso, como se fosse o último. Com receio de ser criticada, enviou a canção para uma rádio usando um pseudônimo. Em pouco tempo, a melodia ganhou os corações dos ouvintes, atravessou fronteiras e se tornou um fenômeno mundial.
“Bésame Mucho” foi gravada pela primeira vez pelo cantor mexicano Emilio Tuero, no início da década de 1940, e logo se espalhou por diversos países. A canção foi regravada por grandes nomes da música internacional, como Frank Sinatra, The Beatles, Elvis Presley, Andrea Bocelli, Plácido Domingo, entre muitos outros. Atualmente, é considerada a música mexicana mais gravada de todos os tempos, traduzida para mais de 120 idiomas e com mais de 100 milhões de cópias vendidas.
Apesar da fama repentina, Consuelo recusou convites de grandes estúdios de Hollywood, incluindo um de Walt Disney, e decidiu retornar ao México. Casou-se com Mariano Rivera Conde, com quem teve dois filhos. Após a morte precoce do marido, nunca mais voltou a se casar. Além de compositora, foi deputada federal e presidente da Sociedade de Autores e Compositores do México.
Consuelo Velázquez faleceu em 22 de janeiro de 2005, aos 88 anos, na Cidade do México, deixando um legado de mais de 200 composições. Entre elas, outras canções consagradas como “Amar y vivir” e “Cachito”.
Sua obra mais célebre, entretanto, permanece como símbolo do amor romântico e atemporal, nascido não da experiência, mas da sensibilidade de uma jovem que, antes mesmo de ser beijada, já compreendia o poder do sentimento.
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Fonte: Wikipédia, BBC Mundo, SACM México, LA Times, Nuestros Stories.
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