Morre esposa de Lúcio Yanel; músico argentino fazia serenata todos os dias para mulher, que tinha Alzheimer
Desde que a esposa foi diagnosticada com Alzheimer, o músico argentino Lúcio Yanel fazia serenatas diárias para se aproximar da mulher. Neste domingo (10), Sueli de Fátima Teixeira morreu, aos 69 anos.
Em suas redes sociais, o músico publicou uma despedida emocionada:
“Esta companheira de fé e de muito amor me deixa hoje e sobe pra ficar junto a Deus. Comunico aos amigos e deixo explícito o meu agradecimento infinito pelas várias ajudas que sempre nos deram. Grande e fraterno abraço a todos!”
A cerimônia de despedida a Sueli acontece nesta segunda-feira, a partir das 11h, em Caxias do Sul, na Serra do RS, onde o casal morava.
A história do casal foi contada em 2019 pelo g1. O violinista e folclorista argentino explicou que, no estágio mais grave da doença, Sueli não falava e passava os dias na cama. O diagnóstico foi precoce, em 2008, quando ela tinha 52 anos (o normal é o Alzheimer começar a se manifestar a partir dos 65 anos).
Uma publicação nas redes sociais do músico mostrando a interação entre os dois teve mais de 62 mil compartilhamentos:
“Já faz alguns anos, que o maldito Alzheimer, vai me roubando a minha amada companheira. E para que me sinta ao seu lado, minhas serenatas diárias. Ela é Sueli de Fátima, amada companheira, tu é o meu melhor público”, escreveu Yanel.
Como outros casos de Alzheimer precoce, Sueli teve um avanço rápido da doença: começou a esquecer pessoas e cuidados básicos, perdeu coordenação, fala e movimentos do corpo, mesmo com tratamento médico.
Para tentar chamar a atenção da esposa, o músico passou a tocar as canções favoritas dela antes da doença, especialmente músicas gaúchas antigas.
O casal estava junto há mais de 30 anos. Sueli era chef de cozinha e conheceram-se em Porto Alegre, quando Yanel visitou o restaurante onde ela trabalhava. Ambos eram viúvos e tinham filhos de relacionamentos anteriores. Yanel se apaixonou na hora pela “gaúcha forte”.
Foi a gastronomia que ajudou a perceber os primeiros sinais da doença: Sueli passou a esquecer receitas e já não conseguia cozinhar pratos que antes fazia, como carreteiro.
Lúcio Yanel, que vive no Brasil há 40 anos, é um dos fundadores da “escola do violão gaúcho”, da qual Yamandú Costa é destaque. Já tocou com nomes argentinos consagrados, participou de festivais no RS e gravou com artistas renomados como Gilberto Monteiro, Luiz Marenco, Jayme Caetano Braun, entre outros.
Sobre o Alzheimer
A doença é neurodegenerativa, causada pela morte progressiva das células do cérebro, afetando memória, atenção, orientação e linguagem. Não tem cura. No Brasil, estima-se que 1,2 milhão de pessoas tenham Alzheimer, com cerca de 100 mil novos casos anuais. Geralmente, começa a se manifestar após os 65 anos e afeta até 30% das pessoas acima dos 80 anos. Os tratamentos aliviam sintomas, mas não param a evolução.
FONTE: G1RS
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Desde que a esposa foi diagnosticada com Alzheimer, o músico argentino Lúcio Yanel fazia serenatas diárias para se aproximar da mulher. Neste domingo (10), Sueli de Fátima Teixeira morreu, aos 69 anos.
Em suas redes sociais, o músico publicou uma despedida emocionada:
“Esta companheira de fé e de muito amor me deixa hoje e sobe pra ficar junto a Deus. Comunico aos amigos e deixo explícito o meu agradecimento infinito pelas várias ajudas que sempre nos deram. Grande e fraterno abraço a todos!”
A cerimônia de despedida a Sueli acontece nesta segunda-feira, a partir das 11h, em Caxias do Sul, na Serra do RS, onde o casal morava.
A história do casal foi contada em 2019 pelo g1. O violinista e folclorista argentino explicou que, no estágio mais grave da doença, Sueli não falava e passava os dias na cama. O diagnóstico foi precoce, em 2008, quando ela tinha 52 anos (o normal é o Alzheimer começar a se manifestar a partir dos 65 anos).
Uma publicação nas redes sociais do músico mostrando a interação entre os dois teve mais de 62 mil compartilhamentos:
“Já faz alguns anos, que o maldito Alzheimer, vai me roubando a minha amada companheira. E para que me sinta ao seu lado, minhas serenatas diárias. Ela é Sueli de Fátima, amada companheira, tu é o meu melhor público”, escreveu Yanel.
Como outros casos de Alzheimer precoce, Sueli teve um avanço rápido da doença: começou a esquecer pessoas e cuidados básicos, perdeu coordenação, fala e movimentos do corpo, mesmo com tratamento médico.
Para tentar chamar a atenção da esposa, o músico passou a tocar as canções favoritas dela antes da doença, especialmente músicas gaúchas antigas.
O casal estava junto há mais de 30 anos. Sueli era chef de cozinha e conheceram-se em Porto Alegre, quando Yanel visitou o restaurante onde ela trabalhava. Ambos eram viúvos e tinham filhos de relacionamentos anteriores. Yanel se apaixonou na hora pela “gaúcha forte”.
Foi a gastronomia que ajudou a perceber os primeiros sinais da doença: Sueli passou a esquecer receitas e já não conseguia cozinhar pratos que antes fazia, como carreteiro.
Lúcio Yanel, que vive no Brasil há 40 anos, é um dos fundadores da “escola do violão gaúcho”, da qual Yamandú Costa é destaque. Já tocou com nomes argentinos consagrados, participou de festivais no RS e gravou com artistas renomados como Gilberto Monteiro, Luiz Marenco, Jayme Caetano Braun, entre outros.
Sobre o Alzheimer
A doença é neurodegenerativa, causada pela morte progressiva das células do cérebro, afetando memória, atenção, orientação e linguagem. Não tem cura. No Brasil, estima-se que 1,2 milhão de pessoas tenham Alzheimer, com cerca de 100 mil novos casos anuais. Geralmente, começa a se manifestar após os 65 anos e afeta até 30% das pessoas acima dos 80 anos. Os tratamentos aliviam sintomas, mas não param a evolução.
FONTE: G1RS
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