Câmara dos Deputados cobra Eduardo Bolsonaro por faltas e ameaça incluí-lo na lista de devedores da União
A Câmara dos Deputados abriu um processo administrativo contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para cobrar R$ 13,9 mil referentes a faltas não justificadas em março deste ano. O valor corresponde a descontos proporcionais em sua remuneração.
O parlamentar, que está nos Estados Unidos desde fevereiro, só formalizou pedido de licença em 20 de março, deixando sem justificativa suas ausências até essa data. Em agosto, a situação se repetiu após o recesso parlamentar, e novas cobranças podem surgir.
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Segundo a Câmara, como não há saldo suficiente em sua folha para quitar o débito, foi instaurada cobrança individualizada. O órgão informou que o nome de Eduardo poderá ser incluído no Cadin (Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal) e, em seguida, encaminhado à Dívida Ativa da União, o que o impede de acessar benefícios e contratos públicos.
Além disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou investigação sobre possível uso de recursos públicos para custear sua estadia no exterior.
No campo político, o deputado enfrenta desgaste adicional. O Conselho de Ética instaurou um processo que pode resultar na cassação de seu mandato, após representação do PT que o acusa de quebra de decoro por atuar fora do país contra autoridades brasileiras.
Aliados admitem que a margem de proteção a Eduardo, fora do Brasil há sete meses, está cada vez menor. O risco de perda do mandato por excesso de faltas é avaliado para outubro, embora a decisão final possa se estender até 2026.
Fonte: Jornal O Sul / O Globo
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