Estudante são-borjense desenvolve primeiro carro movido a hidrogênio do Brasil em projeto da UFSM
Um projeto inédito no país colocou São Borja em destaque no cenário da inovação automotiva brasileira. O estudante são-borjense Augusto Graziadei Folletto desenvolveu o primeiro veículo do Brasil convertido para funcionar com combustão interna a hidrogênio, no Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
O trabalho foi apresentado no hall do prédio 7 do Centro de Tecnologia, onde um Fiat Siena chamou a atenção do público ao ser exibido como demonstrador tecnológico. O veículo, envelopado em verde e com logotipos de empresas e agências de fomento, é resultado do Trabalho de Conclusão de Curso de Augusto, no curso de Engenharia Mecânica.
Natural de São Borja, o estudante integra o Grupo de Pesquisa em Motores, Combustíveis e Emissões (GPMOT) da UFSM. O projeto foi orientado pelo professor Mario Eduardo Santos Martins e contou com coorientação do professor Thompson Diórdinis Metzka Lanzanova. O carro manteve as características originais de fábrica, passando a utilizar o hidrogênio como combustível, com emissões de poluentes praticamente nulas, tendo como subproduto apenas água ou vapor d’água.
A relação de Augusto com a mecânica vem desde a infância. Ainda jovem, já demonstrava interesse por motores, carros e motocicletas, iniciando aos 15 anos atividades práticas na área. Essa vivência contribuiu para unir conhecimento acadêmico e experiência de oficina no desenvolvimento do projeto.
A pesquisa está inserida no Programa Rota 2030 – Mobilidade e Logística, política federal voltada à inovação no setor automotivo. O veículo convertido resulta de diferentes projetos conduzidos pelo GPMOT, com financiamento de instituições como CNPq, Finep e Fapergs, com destaque para o projeto “Desenvolvimento de Motor Automotivo Movido a Biohidrogênio para o Mercado Brasileiro”, financiado pela Chamada Pública nº 3/2021 do Programa Rota 2030/FUNDEP.
O projeto foi coordenado pela professora Nina Paula Gonçalves Salau, do Departamento de Engenharia Química, em parceria com as empresas Marelli e TCA-HORIBA. A empresa FuelTech também teve papel fundamental, fornecendo o sistema de controle do motor por meio de acordo de cooperação técnica com o laboratório.
Segundo o professor Mario Martins, o hidrogênio de origem renovável, conhecido como hidrogênio verde, é uma alternativa tecnicamente viável aos combustíveis fósseis. No entanto, a ampliação do uso depende do avanço da infraestrutura de produção, armazenamento e distribuição.
A expectativa é que veículos movidos a hidrogênio se tornem mais comuns entre 2030 e 2040, acompanhando a expansão desse combustível em setores como indústria, transporte pesado e geração de energia. Após o sucesso do protótipo, a equipe pretende avançar na conversão de modelos mais modernos.
O trabalho desenvolvido na UFSM reforça a integração entre universidade e indústria e representa um avanço histórico rumo a uma mobilidade mais limpa e sustentável, com um são-borjense na linha de frente da inovação automotiva brasileira.
Fonte: Site SB News, com informações da UFSM.
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