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HÁ RISCO DE TORNADOS NA CHEGADA DA FRENTE FRIA?
Por Administrador
Publicado em 26/05/2025 21:01
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HÁ RISCO DE TORNADOS NA CHEGADA DA FRENTE FRIA?

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Frente fria impulsionada por uma massa de ar polar vai encontrar uma corrrente de ar quente em sua dianteira em condição de risco para tornados 

 

Há risco de tornados no deslocamento da frente fria entre esta terça e a quarta-feira? Conforme a análise da MetSul Meteorologia, a partir da análise dos dados de projeções de modelos, o risco de atividade tornádica não pode ser descartado. 

 

 Por que há risco de tornados? Uma frente fria impulsionada por uma massa de ar frio vai avançar nesta terça pelo Nordeste da Argentina, Uruguai, áreas do Paraguai, parte do Sul do Brasil (mais o Rio Grande do Sul e o Oeste dos demais estados) e o Sudoeste do Mato Grosso do Sul. Precedendo a frente, atuará uma corrente de jato em baixos níveis da atmosfera, um corredor de vento forte a intenso entre 1000 e 2000 metros de altitude, que se origina na Bolívia, e vai transportar ar quente na dianteira do sistema frontal. Por isso, o sol deve aparecer por algumas horas antes da chegada da frente com vento do quadrante Norte e elevação da temperatura com sensação de abafamento. Play Video Correntes de jato em baixos níveis estão presentes na esmagadora maioria dos episódios de tornado no Sul do Brasil. Contribuem para gerar um padrão de vento divergente de vento na atmosfera (cisalhamento) que está na gênese de tornados. Projeção do modelo GFS indica corredor de vento com ar gelado de Sul para Norte pelo interior do continente e corredor de ar quente (jato de baixos níveis) na dianteira da frente fria | METSUL Os dados indicam que nesta terça e em parte da quarta haverá uma enorme divergência de vento entre ar quente vindo de Noroeste para Sudeste pelo jato de baixos níveis enquanto de Sul para Norte estará avançando ar muito frio. Justamente o encontro destes padrões divergentes de vento pode gerar atividade tornádica. E quais seriam as áreas de maior risco de tornados? Em nosso entendimento, o Nordeste da Argentina e o Paraguai são as regiões de maior risco de tornado na chegada da frente fria. O risco é menor, porém existente, na Metade Norte gaúcha, em Santa Catarina e no Paraná (mais a Oeste) e no Sudeste do Mato Grosso do Sul.

 

 O QUE É UM TORNADO Os tornados são fenômenos meteorológicos extremos e destrutivos caracterizados por colunas de ar em rotação intensa que se estendem da base de uma tempestade para a superfície da Terra. Esses redemoinhos violentos são conhecidos por sua capacidade devastadora, capaz de causar grande destruição em segundos a minutos. A escala Fujita, frequentemente usada para classificar a intensidade de tornados, varia de F0 a F5, sendo F5 o mais poderoso. Os tornados geralmente se formam em áreas onde massas de ar quente e úmido encontram massas de ar frio e seco, criando condições ideais para o desenvolvimento desses vórtices. Tornados ocorrem em muitas partes do mundo, incluindo Austrália, Europa, África, Ásia e América do Sul. Até a Nova Zelândia relata cerca de 20 tornados por ano. Nesta semana, o Chile teve um tornado em Puerto Varas pela frente fria que está chegando ao Brasil nesta terça.

 CORREDOR DE TORNADOS DA AMÉRICA DO SUL O chamado Corredor de Tornados da América do Sul é uma região com alta incidência de tornados que se estende principalmente pelo Centro-Norte da Argentina, Uruguai, Sul do Brasil (especialmente o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) e partes do Paraguai. Trata-se da área com maior frequência de tornados no Hemisfério Sul, sendo comparável em atividade tornádica ao famoso “Tornado Alley” dos Estados Unidos, embora em escala menor. Essa elevada ocorrência se deve a condições meteorológicas favoráveis, como o encontro de ar quente e úmido da Amazônia e do Chaco com massas de ar frio vindas da Patagônia ou do Oceano Antártico. Esse choque térmico gera fortes instabilidades e tempestades severas, muitas vezes supercélulas, que podem dar origem a tornados. Embora menos estudado do que seu equivalente norte-americano, o Corredor de Tornados sul-americano já registrou diversos episódios devastadores, como o tornado F5 de San Justo (Argentina em 1973). Há muitos casos documentados de tornados intensos F3 e F4 no Sul do Brasil e nos países vizinhos

 

Fonte. MetSul 

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